São Paulo, sábado, 8 de abril de 1995 |
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Chega a Diamantina "expedição Langsdorff"
MARCELO COPPOLA
A peregrinação pelas cidades históricas mineiras começou na quarta, quando eles passaram por São João del Rey e Mariana. Na quinta, conheceram Ouro Preto. Na próxima segunda, deixam Diamantina rumo ao centro-oeste do país. A viagem acaba no dia 24. O objetivo é repetir, em Minas Gerais, a rota da expedição científica que o barão Langsdorff comandou entre 1822 e 1836. As cidades mineiras foram a primeira grande incursão do barão pelo interior do país. Financiada pelo então império russo, a expedição coletou dados sobre a flora, a fauna, a geologia e a sociedade brasileiras. Reuniu grandes artistas, como Johann Muritg Rugendas (1802-1858), Aimé-Adrien Taunay (1803-1828) e Hércules Florence (1804-1879), que registraram a natureza imbuídos de um rigor científico. A atual expedição tem outras motivações. "Queremos celebrar a viagem do barão e discutir algumas coisas ruins que ocorreram no Brasil desde então", diz o líder da expedição, Dieter Strauss, diretor do Instituto Goethe, de São Paulo. Strauss se refere especialmente à questão ecológica. O atual grupo é formado pelos artistas plásticos brasileiros Carlos Vergara e José Fujoka, pelo alemão Olav Nicolai e pelo russo Anatolij Shuravlev. Tem ainda o compositor alemão Michael Fahres, o cineasta Wolf Gauer, o fotógrafo brasileiro Tenisson Shirai e o curador chileno Pablo Diener. Há pouco em comum entre eles além do fato de desenvolverem trabalhos que serão expostos no Masp (Museu de Arte de São Paulo) de 26 de novembro a 20 de janeiro de 1996. Junto serão expostos desenhos e aquarelas de Rugendas, Taunay e Florence. Alguns artistas da trupe já começaram a desenvolver os seus trabalhos. O compositor Fahres gravou sons das ruas de Ouro Preto e Mariana. Pretende apresentá-los em uma "instalação sonora" que fará no Masp. Vergara começou algumas telas. Texto Anterior: Com a pílula, Dona Juana liquidou o mito Próximo Texto: 'Aida' naufraga em SP com som inaudível Índice |
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