São Paulo, domingo, 9 de abril de 1995
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"Fotoformas" e a modernidade

JOÃO PEDROSA

"Fotoformas" e a modernidade
A fotografia como arte, no Brasil, possui criadores de olhar singular. É o caso de Geraldo de Barros. No seu projeto construtivo, deu continuidade às idéias do genial José Oiticica Filho, pai de Hélio (artista do neoconcretismo).
As primeiras fotos de Oiticica Filho, nos anos 40, são puro Robert Mapplethorpe (fotógrafo americano, já morto), 30 anos antes.
Eles são parte fundamental da história da fotografia no Brasil, muito além do fotoclubismo (agremiação que visa expor e incentivar a foto como arte).
As fotos construtivas geométricas, realizadas por volta de 1950, são empolgantes no resultado e na racionalidade.
São impressionantes as similitudes que um projeto construtivo pode ter, quando pensado por um criador sensível. É o que consolida uma idéia visual, tornando-a parte do inconsciente coletivo.
A necessidade de Geraldo de Barros em interferir no negativo, construindo-o no processo de revelação da fotografia, acaba com o mito do momento/foto, à maneira do fotógrafo Cartier-Bresson, e faz dele um profeta dos nossos tempos.
Geraldo de Barros - Fotoformas 1948/51. Galeria Camargo Vilaça: r. Fradique Coutinho, 1.500, Vila Madalena, zona oeste. Tel. 210-7390. Segunda a sexta: 10h/20h. Sábado: 10h/14h. Preços: de US$ 3.000 a US$ 5.000. Até 29 de abril.

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