São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 1995
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Prefeitura de SP transfere dívida para o BB

ALBERTO FERNANDES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Prefeitura de São Paulo resolveu mudar de banco: está transferindo do Banespa para o BB (Banco do Brasil) o gerenciamento de sua dívida mobiliária (representada por títulos públicos municipais que podem ser revendidos pelos credores), calculada em R$ 2 bilhões.
Deste total, R$ 1 bilhão já foi transferido através de convênio assinado na última sexta-feira entre a prefeitura e o Banco do Brasil. A outra metade será repassada em função do sucesso da primeira experiência.
Com a transferência, o Banespa perde a taxa de administração da dívida, que passará a ser paga ao BB. Já a prefeitura deverá conseguir melhores taxas para a rolagem dos papéis.
Os juros sobre essa dívida são negociados diariamente. Normalmente, os compradores dos papéis -ou credores da prefeitura- compram os títulos (papéis com valor financeiro) por poucos dias.
O mercado financeiro cobra mais caro do Banespa para a aceitação dos papéis. O banco tem hoje pouca credibilidade, por carregar um rombo de R$ 10 bilhões.
A situação piora porque o governo federal interveio no banco, por meio do regime especial de administração, mas não decidiu o destino da instituição, que poderá ser privatizada.
O BB pretende conseguir que a rolagem da dívida da prefeitura pague juros equivalentes ao que seria cobrado de uma instituição privada, disse o gerente de Operações Financeiras do banco, Arnaldo José Vallet.
O R$ 1 bilhão já transferido ao BB corresponde à parte das dívidas da prefeitura de menor liquidez -ou seja, com mais dificuldade de transformação rápida em dinheiro.
Esta parte do débito demora um dia para ser convertida em moeda corrente. A outra metade, ainda sob a gestão do Banespa, tem liquidez imediata.

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