São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 1995
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PM diz estar apurando caso

CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Comando da Polícia Militar informou que sua Corregedoria apura, há quase dois meses, o desaparecimento do menino Ricardo Ribeiro, 21.
A corporação diz que o depoimento dado pelo servente Ernesto da Silva ao promotor Marcelo Milani vai ser comentado hoje pelo capitão Edson Sardano, do 10.º Batalhão da PM de Santo André.
O depoimento do servente é a primeira pista obtida pela promotoria no processo 11/95, que apura o desaparecimento de Ricardo Ribeiro.
O menino estava com seu amigo R.S., 17, andando na rua Professor Licínio, no bairro Paraíso, na divisa dos municípios de São Bernardo com Santo André. Os dois eram viciados em crack (mistura de pasta de cocaína com bicarbonato de sódio).
R. S. sustenta que Ricardo Ribeiro foi colocado num carro da Polícia Militar de Santo André, que trazia como prefixo o número 10.270. O menino sustenta que, preso sob a acusação de estar fumando crack, Ricardo Ribeiro teria sido recolhido ao carro policial por um soldado negro -que, segundo o menino, é conhecido em Santo André sob o apelido de " Eddie Murphy".
O tenente Gilberto Prescinoti, do 10.º Batalhão da PM, diz que não há policiais com essas características prestando serviços no carro 10.270.
O marceneiro Claudionor Francisco Ribeiro, pai do menino desaparecido, acredita que seu filho tenha sido morto pela PM. Agora o promotor Marcelo Milani deve solicitar uma perícia no aterro de Mauá. Também procura novas testemunhas no local, que possam dar mais detalhes sobre a movimentação de policiais no aterro (CJT)

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