São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 1995
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Corinthians considera 'caro' novo jogo

WILSON BALDINI JR.
DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria do Corinthians decide hoje se entra com pedido de anulação da partida de sábado passado, contra o Rio Branco, em Americana.
Naquela partida, que houve empate em 2 a 2, os corintianos alegam que o segundo gol do Rio Branco (marcado pelo atacante Marcelo) foi irregular.
O atacante cobrou falta, a bola bateu na trave e, no rebote, o próprio Marcelo emendou para o gol de Ronaldo.
A regra não permite que um mesmo jogador toque na bola duas vezes seguidas, quando da cobrança de uma falta.
"Vamos aguardar a súmula do juiz e o relatório do representante da Federação Paulista de Futebol", afirmou José Mansur Farah, vice-presidente do clube.
Mas a perspectiva com novos gastos e a possibilidade de uma derrota na nova partida fazem os dirigentes reverem sua atitude.
"Também temos que ver o lado financeiro do clube", disse Mansur. "Teremos que gastar dinheiro com viagem, concentração e ainda podemos perder o ponto que conquistamos com o empate."
Segundo Gustavo Caetano Rogério, diretor da escola de árbitros da federação, "é muito difícil que o Tribunal de Justiça Desportiva da federação aceite o pedido de anulação do Corinthians."
"Para isso deveria acontecer o erro de direito, que só é consumado quando o árbitro comete abuso de poder ou desconhece as regras", disse.
O juiz Cláudio Vinícius Cerdeira alega que a bola de Marcelo "tocou em algum jogador durante o trajeto".
"Houve um erro de interpretação. Pois todos vimos que a bola não tocou em ninguém", completou Caetano Rogério.

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