São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 1995
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Empresários do setor apóiam idéia

DA REPORTAGEM LOCAL

O projeto de Maluf tem o apoio dos empresários da área imobiliária, que serão beneficiados pelas mudanças no zoneamento.
"Desde que a responsabilidade pelas operações interligadas passou para a Câmara, nenhuma foi realizada e muitas casas para a população carente deixaram de ser construídas", diz Paulo André Jorge Germanos, diretor do Secovi, o sindicato das empresas da área imobiliária.
Germanos afirma que não haverá mudanças profundas no zoneamento da cidade. "Desde que as operações foram criadas, nunca houve uma mudança em um bairro residencial", diz.
Para Raquel Rolnik, professora de urbanismo da PUC e diretora de planejamento da Sempla durante a gestão Erundina, o maior problema do projeto é que a CNLU tem maioria do Executivo. "Falta participação da sociedade no conselho."
Para ela, o CNLU poderá "alterar totalmente o zoneamento da cidade, sem ser representativo dos interesses da maioria dos cidadãos".
Rolnik, que representa a Central Única dos Trabalhadores na CNLU, ressaltou que é a favor de mudanças no zoneamento da cidade, mas que elas devem ser feitas através de uma política global, e não "de forma pontual", como determinam as operações interligadas.
A bancada do PT na Câmara levantou objeções ao projeto. Segundo documento de sua assessoria urbanística, o projeto deveria preservar áreas da cidade da possibilidade de alteração no zoneamento.
Como exemplo, ele cita as regiões de mananciais e os bairros de zoneamento Z1 (estritamente residencial).
O PT teme que o projeto piore a qualidade de vida de alguns bairros, lembrando, por exemplo, que o trânsito na região da Paulista piorou com a construção do shopping Paulista.

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