São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 1995 |
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Oposicionista vê manipulação de pesquisas
SÔNIA MOSSRI
Segundo Bordón, Menem tem 37% das intenções de voto, enquanto ele conta com 27%. Ele afirma que Menem está computando eleitores indecisos, cerca de 10%, como votos seguros. Pela nova Constituição argentina, Menem precisaria de 45% dos votos ou 40%, mais uma diferença de 10% em relação ao segundo colocado, para ganhar as eleições no primeiro turno, em 14 de maio. Na última semana, a Secretaria de Inteligência do Estado (órgão de informações da Presidência) enviou relatório sigiloso a Menem informando que sua vitória no primeiro turno corre perigo. Menem estacionou em cerca de 40% das intenções de voto, dependendo do instituto de pesquisas, enquanto Bordón está crescendo. Os institutos Haime e Mora y Araujo, que realizam sondagens para a Casa Rosada, dão a eleição de Menem já no primeiro turno. Haime dá 47% para Menem e 25,5% para Bordón. Já Mora y Araujo prevê 46% das intenções de voto para o presidente e 26% para Bordón. A vantagem de Menem cai um pouco quando se toma as pesquisas de institutos independentes, como Gallup e Nueva Mayoria. "Quatro entre cinco argentinos não têm voto cativo. Eles vão votar livremente no segundo turno", afirma Bordón. Caso seja eleito, o oposicionista Bordón diz que eliminará os gastos reservados da Presidência, que somam mais de US$ 500 mil ao ano, e viajará em aviões de companhias comerciais.(SM) Texto Anterior: Polícia reprime grevistas no sul Próximo Texto: Guarda de fronteira dos EUA é acusada de abuso Índice |
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