São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 1995
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Guarda de fronteira dos EUA é acusada de abuso

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Human Rights Watch, organização de defesa dos direitos humanos, divulgou ontem um documento condenando os abusos sofridos por imigrantes na fronteira entre o México e os EUA.
O documento, de 46 páginas, aponta atos de violência praticados pelos agentes da Patrulha de Fronteiras. Encabeçam a lista de abusos atos como violência sexual, disparos com armas de fogo, agressões físicas e assassinatos.
A entidade afirmou que guardas fronteiriços insultam as pessoas que cruzam "legal ou ilegalmente os limites entre os dois países.
A fiscalização das fronteiras dos EUA é supervisionada pelo SIN (Serviço de Imigração e Naturalização), agência do Departamento de Justiça norte-americano.
Segundo o Human Rights Watch, o Departamento de Justiça nada tem feito para solucionar o problema, classificado pela organização como "abominável para os direitos humanos".
O SIN não se pronunciou a respeito das acusações. Muitos protestos chegaram à agência do Departamento de Justiça e ficaram sem resposta. O SIN alega que as acusações são infundadas.
O Human Rights Watch propõe que se crie uma comissão independente para receber e apurar queixas contra agentes fronteiriços.
"O presidente Bill Clinton abdicou da responsabilidade de corrigir o problema dos abusos, negando-se a estabelecer supervisão independente dos agentes fronteiriços" declarou Allyson Collins, um dos autores do documento.
Acredita-se que pelo menos 3,5 milhões de pessoas vivam clandestinamente nos EUA e que outras 300 mil entrem no país a cada ano sem visto de permanência.

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