São Paulo, sábado, 15 de abril de 1995
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TRECHO

Em sua atravancada sala no Departamento Estadual de Investigações Criminais de São Paulo, Bueno (delegado Waldomiro Bueno Filho) me disse que a polícia não tivera opção senão torturar os sequestradores. "Tínhamos de fazer uma opção", disse ele. "Era a vida deles, ou a vida de Abílio Diniz. Nas circunstâncias, o que você teria feito?"
(...) Como Christine e David, a maioria dos canadenses tentou impor suas convicções sobre uma parte do mundo de que nada sabiam. Em sua ingenuidade, Christine e David trabalharam para promover a revolução na América Latina. Ninguém precisava lhes dizer que a revolução estava morta, ou que a Guerra Fria acabara. Só precisavam olhar ao redor. No Chile, ex-militantes de esquerda, que passaram os anos 70 jogando pedras e coquetéis Molotov contra os militares, trabalhavam agora no Ministério das Finanças. Em El Salvador, ex-guerrilheiros circulavam pela capital em Nissan Pathfinders, munidos de celulares, dizendo como a esquerda deveria se tornar (...) menos esquerdista

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