São Paulo, sábado, 15 de abril de 1995
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Peixe sobe até 25% em uma semana

Feirante reclama da queda na venda

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Manter a religiosidade de não comer carne na sexta-feira santa saiu caro para consumidor que optou pelo peixe. É que em uma semana o preço do produto subiu até 25% nas feiras.
Ontem, em uma feira de Higienópolis (zona oeste), um quilo de pescada branca não saía por menos de R$ 8. O quilo da tainha custava R$ 10 e do linguado, R$ 14.
"Com um quilo de peixe consigo comprar quase três de carne bovina", diz Meire Neli Fernandes Santos, 47.
Acompanhada do marido, Evaldo Torres Santos, 49, Meire foi ontem à feira da Consolação só para comprar peixe. Resultado: ficou indignada com os preços.
Na semana passada, diz ela, o quilo do cação custava R$ 8; ontem saía por R$ 10, 25% mais caro.
Para Evaldo essa alta é injustificada. É que para "produzir" um quilo de pescado, praticamente não há utilização de insumos, ao contrário do ocorre com os grãos, por exemplo, que consomem fertilizantes e inseticidas, explica.
O feirante Aldo Maia, 37, conta que, no atacado, o preço do pescado subiu 30% na última semana por conta da sexta-feira santa.
Ontem, Maia sentia o reflexo da alta de preços. "Estamos vendendo 50% menos do que na semana santa de 1994."
Osvaldo Shimada, 36, dono da banca de peixe vizinha de Maia, comemorava, ontem, o bom desempenho das vendas. "Trouxe 700 quilos de peixe, um terço do normal, e já vendi 70%."
É que para atrair o consumidor, Shimada manteve os preços da semana anterior.

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