São Paulo, sábado, 15 de abril de 1995
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Ferrari critica a absolvição dada a Schumacher e Coulthard na F-1

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Como já era esperado, a Ferrari não poupou críticas à decisão do tribunal de apelações da FIA, anteontem, que reabilitou Michael Schumacher e David Coulthard como o vencedor e segundo colocado do GP do Brasil de F-1.
Em comunicado anunciado de sua sede em Maranello, na Itália, a escuderia concluiu que "a partir de agora, é possível para um piloto obter uma vitória conduzindo um carro fora do regulamento".
O ex-piloto Niki Lauda, que atua como consultor técnico da Ferrari, não economizou palavras.
"Ficou provado que é possível se comprar um título", afirmou o austríaco.
"Depois de dez anos, volto a correr, escolho um time rico que possa pagar milhões em multas e me sento em um carro de 4.000 cc. Serei campeão", ironizou.
O ex-campeão citou a regra de potência dos motores, limitados em 3.000 cc (medida de potência dos motores, apresentada em centímetros cúbicos).
Para o também austríaco Gerhard Berger, a decisão do tribunal da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) foi ilógica.
"Não entendo mais nada. A homologação é uma lei e desta forma a F-1 se converte em uma farsa", declarou o piloto, o principal beneficiado com a desclassificação dos dois adversários por causa do uso de gasolina não-homologada.
"A decisão prova que nossa gasolina não estava fora dos padrões do regulamento", divulgou.
Na verdade, a FIA (órgão máximo do esporte) entendeu que os pilotos não tiveram vantagem no rendimento com o uso do combustível não-homologado no Brasil.
Decidiu só punir os times, que não receberam os pontos no Mundial de Construtores e foram multados em US$ 200 mil cada.

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