São Paulo, domingo, 16 de abril de 1995 |
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Pavilhões virtuais formam feira mundial na Internet
MARIA ERCILIA
A Internet 1996 World Exposition foi oficialmente anunciada durante a feira de informática Networld + Interop, no último dia 29. A idéia é desenvolver um "parque público para a aldeia global". Entre os "pavilhões" da feira estarão o Pavilhão da Escola Global, o Pavilhão da Reinvenção do Governo, o Pavilhão do Futuro da Mídia e o Pavilhão dos Pequenos Negócios, para empresas de informática. Os cinco países que já fecharam participação na feira até agora formam um grupo estranho: naturalmente os EUA, onde a idéia se originou, o Japão, a Tailândia, o Reino Unido e a Holanda. A exposição deverá abrir as portas -assim por dizer- em janeiro de 1996, e assim permanecerá durante todo o ano. Entre os locais que abrigarão partes da exposição estarão a Universidade Keio, em Tóquio, o Centro Nacional de Imprensa norte-americano, o Kennedy Center (em Washington) e o Instituto Holandês de Física, em Amsterdã. Os membros do comitê de organização incluem Vinton Cerf, uma celebridade da Internet (foi um dos criadores da rede, e hoje é vice-presidente da MCI, a segunda empresa de telefonia norte-americana, e presidente da Internet Society) e Carl Malamud, também conhecido na rede. Malamud criou o Internet Multicasting System (uma estação de rádio na Internet, que possui dois canais, o Internet Talk Radio, sobre ciência e tecnologia, e o Internet Town Hall, sobre política). Segundo Malamud, uma das idéias da exposição é deixar na Internet um acervo de conhecimento e cultura impossíveis de ignorar, e ao qual outras redes vão querer ter acesso. As grandes feiras do século passado deixaram marcas como a Torre Eiffel, por exemplo, construída especialmente para a Feira Mundial de 1889. Malamud acredita ainda que a exposição funcionará como um meio de reunir num projeto comum profissionais de diferentes áreas, como engenheiros, funcionários governamentais e de grandes empresas. A exposição terá patrocinadores do porte da Sony e da NTT no Japão, da Sun Microsystems (empresa de supercomputadores) e da MCI nos EUA. Cada uma destas empresas vai contribuir com no mínimo US$ 100 mil para o evento. Outros patrocinadores incluem a Quantum e a Cisco Systems norte-americanas, e até um banco na Internet, o First Virtual. O National Press Club americano abrigará um "Internet Town Hall", e o Infomart (Dallas) vai organizar um "Planetário do Cyberspace, para dar seminários locais sobre a rede. No Kennedy Center funcionará o Pavilhão da Escola Global. Outro destaque da exposição será a "Estrada da Internet", uma tentativa de circundar o mundo com conexões à Internet, organizada por Vinton Cerf. Por enquanto só foram divulgados nomes de patrocinadores norte-americanos e japoneses. A expectativa dos organizadores do evento é de que os gastos ficarão na casa dos milhões de dólares, não das dezenas de milhões, o que está sendo considerado relativamente barato para o tamanho do evento. A audiência potencial da exposição é hoje de 30 milhões de pessoas em 150 países, e se continuar o crescimento acelerado que a Internet experimenta nos últimos dois anos, será bem maior em 1996. Os lugares onde a exposição será instalada funcionarão tanto para visitação "in loco" quanto para acesso via Internet. Texto Anterior: CASTRADO; RONCO FATAL; SEXO SEGURO; Próximo Texto: Descoberta dos oncogenes faz 20 anos Índice |
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