São Paulo, domingo, 16 de abril de 1995
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Batuke Aki desbanka o rock

MARISA ADÁN GIL

Ciro Pessoa tem muito a dizer. Nos próximos três meses, grava um disco, publica um livro, lança um filme. É pouco. Esse paulista de 37 anos quer mais.
História, tem de sobra. Aos oito, ganhava festivais. Dez anos depois, foi tocar MPB em barzinhos na Europa. Ao voltar, no início dos 80, fundou os Titãs.
"Isso foi em outra vida", brinca o cantor, que não chegou a gravar com a banda -apesar de ter composto "Sonífera Ilha". "Deixei o grupo porque estava interessado em outros sons", diz Ciro, um dos melhores letristas de sua geração. Com o Cabine C, formado em 84, lançou "Fósforos de Oxford". O último sopro de seu rock veio com a banda CPSP, que terminou em 93.
Hoje, Ciro só toca samba. "O rock'n'roll acabou. Sobrou apenas a postura." Em junho, grava com sua nova banda, Ventilador. Percussão, baixo, bateria, guitarra: sobre essa base, o poeta canta sua visão de Brasil. "Queria acabar com essa visão colonizada, tipo 'isso só acontece no Brasil'. Somos caóticos e legais, ao mesmo tempo." O disco "Batuke Aki" sai em agosto.

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