São Paulo, terça-feira, 18 de abril de 1995
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Grupo nega que resiste pagar

DA SUCURSAL DO RIO

O advogado do grupo Bloch, Joaquim Ernesto Palhares, 48, negou que haja uma resistência do grupo em pagar dívidas ao Banco do Brasil desde a década de 40.
"O resultado desta auditoria é informação divulgada equivocadamente. Se isso fosse verdade, o Banco do Brasil estaria reconhecendo sua incompetência em lidar com um cliente que há 50 anos age como mau pagador", afirmou.
Segundo Palhares, o grupo Bloch tinha um contrato de crédito em aberto junto ao Banco do Brasil, sobre o qual lançava cheques que as agências cobriam.
O advogado afirmou ainda que dispõe de um relatório do Banco do Brasil, datado de 1990, aconselhando um acordo com o grupo Bloch.
"Este relatório de que eu disponho é um documento público e está anexado ao processo. O relatório diz inclusive que o BB já ganhou muito dinheiro nesse processo com o grupo Bloch", disse Palhares.
O resultado final da auditoria, obtido pela Folha, também propõe que se estude uma renegociação da dívida da TV Manchete, aproveitando espaços publicitários.
O advogado dos Bloch disse que esta é a melhor solução para o caso. "Sempre nos propomos a uma renegociação. É importante que o débito seja pago com o que a Manchete pode dispor", disse.
Palhares disse que falava em nome do grupo Bloch. Ele é advogado da empresa desde 1992, quando o Banco do Brasil decidiu executar as dívidas da Bloch Editores e da TV Manchete.

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