São Paulo, terça-feira, 18 de abril de 1995
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Senadores dão apoio a limitação da imunidade

RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A maioria dos senadores (79%) quer o fim da imunidade parlamentar (proteção garantida a eles pela Constituição contra processos judiciais) nos casos de crime comum e punição com perda de mandato para o parlamentar que trocar de partido (81%).
Essas opiniões foram manifestadas pelos senadores em questionário aplicado pela comissão que analisou os problemas administrativos e legislativos do Senado.
A comissão, coordenada pelo senador Renan Calheiros (PMDB- AL), comparou os gastos do Congresso brasileiro com os do norte-americano e concluiu que há desperdício no Brasil.
"O Congresso brasileiro, que tem 10 mil funcionários, gasta US$ 1,5 bilhão. O norte-americano, com três vezes mais servidores (32 mil), gasta pouco mais: US$ 2 bilhões", afirmou o senador Luis Alberto (PTB-PR).
O relatório final sugere que o Senado contrate os serviços da Fundação Getúlio Vargas para fazer uma "radiografia" da Casa e propor a reorganização das tarefas e funções, a "reengenharia do Senado", segundo Luis Alberto.
Os senadores ficaram divididos em relação à proibição de contratação de parentes (nepotismo) para os gabinetes. Nada menos de 42% se disseram favoráveis à prática, contra 33% que se opõem.
Através do questionário, 45% dos senadores concordaram com a idéia de mudar o calendário de atividades da Casa para trabalhar três semanas consecutivas por mês e ficarem com uma livre.

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