São Paulo, terça-feira, 18 de abril de 1995
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Vítima do Jardim Peri seria um informante

DA REPORTAGEM LOCAL

Vítima do Jardim Peri seria um informante
A polícia está investigando supostas ligações entre o comerciante Raimundo Nonato dos Santos, 29, com policiais para tentar descobrir os autores da chacina em que cinco pessoas foram mortas anteontem de manhã no Jardim Peri (zona norte de São Paulo).
Na manhã de domingo, a polícia encontrou o corpo de Nonato dos Santos junto com os do balconista Márcio Alves Ramos, 17, o do disc-jóquei Ronaldo Araújo dos Santos, 19, o do motorista Mário Sérgio de Oliveira, 22, e o da secretária Sandra Pinheiro Pinto, 20.
Todos estavam no bar, deitados de bruços, com tiros na nuca disparados de pistola calibre 380 (calibre semelhante ao 9 milímetros).
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa não tinha pista dos assassinos até o final da tarde de ontem. Uma testemunha, ouvida no local do crime, teria dito aos investigadores que Santos era informante policial. Os familiares do comerciante negam.
"Ele trabalhou para o DSV (Departamento de Operações do Sistema Viário). Nunca com a polícia", afirmou Raimundo Nonato de Souza, 40, tio do comerciante.
O comerciante era proprietário do Tifos Bar, na rua Leandro Joaquim (Jardim Peri), junto com sua mãe, havia cerca de cinco anos. Ele morava nos fundos do bar, era casado e tinha três filhos.
Segundo a versão da polícia, os assassinos entraram no Tifos por volta das 6h de domingo. As cinco vítimas da chacina foram enterradas ontem no cemitério da Vila Nova Cachoeirinha (zona norte).
Sem antecedentes
Nenhum dos cinco tinha passagem policial. A Primeira Delegacia de Investigações de Crimes Contra Criança e Adolescente também está investigando as outras vítimas da chacina para tentar descobrir se havia alguém interessado em matá-las.

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