São Paulo, terça-feira, 18 de abril de 1995
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Cai ritmo das contratações de mão-de-obra na indústria

DA REPORTAGEM LOCAL

Com a admissão de 821 trabalhadores, o nível de emprego na indústria paulista cresceu apenas 0,03% na primeira semana de abril, informou ontem a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
O resultado confirma avaliação feita na semana passada pela própria Fiesp, segundo a qual a queda da demanda, causada pelas medidas adotadas pelo governo federal para frear o consumo, criou uma tendência de desaceleração do ritmo das contratações de mão-de-obra.
Para Horácio Lafer Piva, diretor titular do Departamento de Pesquisas da Fiesp, as contratações vão continuar, mas "numa velocidade que tende a diminuir".
Segundo a Fiesp, expansão mais significativa do nível de emprego industrial depende de uma nova fase de investimentos na ampliação da capacidade de produção do país.
O nível de emprego da Fiesp mostra crescimento nas admissões há sete meses consecutivos, mas o aumento em março (0,48%) já havia sido inferior ao de fevereiro (0,61%).
A taxa acumulada neste ano é de 1,52%, representando a abertura de 35.440 postos de trabalho pela indústria paulista. Nos últimos 12 meses, a taxa acumulada é de 2,27%, significando a contratação de 52.517 trabalhadores.
Setores
A pesquisa semanal da Fiesp, realizada junto a 46 sindicatos patronais da indústria paulista, mostra que 12 setores tiveram desempenho positivo (as admissões superaram as demissões), 9 tiveram desempenho negativo e 25 permaneceram estáveis.
Entre os setores que tiveram desempenho positivo estão relojoaria (5,17%), produtos de cacau e balas (1,37%) e artefatos de borracha (1,12%).
Entre os setores que tiveram desempenho negativo estão energia elétrica (-2,19%), adubos e corretivos agrícolas (-1,84%) e parafusos/similares (-0,93%).

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