São Paulo, terça-feira, 18 de abril de 1995 |
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Para técnico, 'faltou sorte'
RICARDO SETYON
Zé Elias foi expulso no final da partida e não enfrenta o Qatar. No seu lugar deve entrar Sérgio Vinicius. Leal se disse tranquilo com o empate. "Sei que os garotos deram tudo o que tinham. Eles correram os 90 minutos atrás de uma brecha em uma defesa totalmente fechada. Ganhamos um ponto hoje", afirmou. O treinador não fez críticas diretas ao individualismo de alguns jogadores brasileiros durante o jogo. Afirmou, porém, que "este jogo serviu de lição para que a seleção entenda que assim é a luta por um Mundial: um dia ganhamos de 6 a 0 e, no outro, sofremos para um empate sem gols". Leal, no entanto, substituiu Gláucio por Murilo imediatamente depois de o meio ter tentado uma jogada de efeito na qual perdeu a bola e possibilitou um contra-ataque à Rússia. O melhor setor da seleção foi a defesa, segundo o técnico. "Ela foi implacável". Leal tentou acalmar os jogadores. "Conversei com os garotos e expliquei que ainda temos muito pela frente. O Brasil veio aqui para ser campeão. Para isso temos de lutar muito", disse. Zé Elias estava desolado no vestiário. Ele criticou o juiz pela sua expulsão. "Não fiz nada. Mas tudo bem, vou descansar bastante", disse. Ninguém gostou do futebol de Brasil e Rússia, o primeiro jogo sem gols deste Mundial. "É melhor esquecer este Brasil que vi hoje", disse à Folha o técnico de Camarões, Jean Manga. O único satisfeito era o técnico russo, Alexander Kouznetsov. "Entramos para não perder do Brasil por um grande placar. Saímos com uma vitória virtual. Nosso plano era não deixar o Brasil jogar à sua maneira. Jogamos duro, mas honestamente. Tivemos até oportunidades de gol. Estudei muito o estilo de jogo do Brasil nas últimas noites", disse. Texto Anterior: Brasil só empata com time russo Próximo Texto: Espanha garante classificação Índice |
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