São Paulo, terça-feira, 18 de abril de 1995 |
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A NBA e o mundo
FÁBIO SORMANI
2) Outra reportagem, mostrando os contrastes e as semelhanças entre brasileiros e norte-americanos, diz que uma camiseta do Lakers é mais procurada por jovens de classe média que frequentam os shoppings do que a dos times de futebol do Brasil, na proporção de três para um. Estes números podem ser novidade para nós, brasileiros. Para os norte-americanos, especialmente para os executivos da NBA, são a confirmação do que eles já estão carecas de saber. No começo desta temporada, a liga encomendou uma pesquisa tentando dimensionar o crescimento da NBA. Ela mostrou o seguinte: 1) Michael Jordan é o atleta mais popular na França, Inglaterra e Austrália; 2) Na China, MJ só não é mais popular do que Deng Xiaoping. Sempre que, em conversa com amigos, surge o papo basquete, costumo dizer que, se o futebol não abrir os olhos, o basquete da NBA, na virada do século, será o esporte mais popular do planeta Terra. Todos riem. Posso estar errado. Penso que não. É só olhar para os números. Enquanto a NBA se moderniza, cresce progressivamente, o futebol diz não à modernidade, e cai igualmente em proporção assustadora. Enquanto a Fifa -a entidade que gere os destinos do futebol- é norteada por interesses conflitantes ao esporte, a NBA trabalha como uma empresa supermoderna. Enquanto o futebol custa a ser curvar às modificações que seguramente o tornariam mais atraente, a NBA se modifica quase que a cada temporada. Quando David Stern assumiu o comando da NBA, em meados da década passada, colocou na cabeça que iria fazer do basquete norte-americano o esporte predileto em todo o mundo. Não passa nem um dia sequer sem pensar no assunto. Enquanto isso, o futebol é associado a escândalos, brigas entre torcidas que, em muitas vezes, terminam em mortes, estádios em condições precárias, calendários mal feitos... Texto Anterior: É só a foto na parede, mas como brilha Próximo Texto: Notas Índice |
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