São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 1995
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Clube não aceita as desculpas de Tonhão

ARNALDO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Dirigentes e comissão técnica da Portuguesa continuam inconformados com a atitude do zagueiro Tonhão e exigem rígida punição para o zagueiro palmeirense.
Tonhão pisou, cuspiu e limpou as chuteiras na camisa da Portuguesa, após o jogo entre as duas equipes, sábado, no Parque Antarctica.
O clube do Canindé já entrou com um pedido de interpelação (advertência judicial ou extrajudicial) junto ao Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista.
"Queremos processá-lo, também, na Justiça Comum", disse o presidente da Portuguesa, Manuel Gonçalves Pacheco.
"As desculpas de Tonhão não adiantam. A coletividade portuguesa exige uma punição que sirva de exemplo e tenho certeza que a Federação não vai deixar barato", disse o diretor de futebol, Alberto Alexandre Oliveira.
Luís Iaúca -conselheiro da Portuguesa, dono de dez padarias e diretor do sindicato das Panificadoras de São Paulo- propôs até um boicote das padarias aos produtos da Parmalat, patrocinadora do Palmeiras, devido ao "episódio Tonhão".
"Precisamos separar as coisas. Esse caso tem que ser resolvido na esfera esportiva. Não acredito em boicote das padarias", disse o presidente do sindicato das Panificadoras, Francisco Pereira de Souza Filho, que é palmeirense.
Está marcado para o dia 4 de setembro um plebiscito que decidirá a mudança de nome da Portuguesa. "É mais um acréscimo do que uma mudança. O clube continuará se chamando Associação Portuguesa de Desportos. Teremos apenas um novo nome, ainda indefinido, para o futebol", afirmou o presidente Pacheco. (AR)

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