São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Família ainda espera pelo 'seguro', um ano depois da morte de Dener

DA REPORTAGEM LOCAL

Um ano depois da morte do atacante Dener, seus familiares, Vasco e Portuguesa esperam que a Justiça decida se o Vasco tem que pagar uma indenização pela morte do jogador e, em caso afirmativo, quem teria direito a ela.
Por isso, mãe e viúva do jogador não sabem como dividir seus bens. A mãe do jogador, Vera Lúcia Rodrigues de Souza, 47, disse que é a viúva, Luciana Gabino, quem cuida da herança.
"Materialmente, que diferença isto faria para mim? Queria que ele estivesse do meu lado, com aquelas covinhas que ele tinha", disse a mãe. A Folha telefonou para Gabino, mas não a encontrou.
Dener Augusto de Souza morreu num acidente de carro, aos 23 anos, no Rio. A Portuguesa era dona do seu passe, mas o jogador estava emprestado ao Vasco.
A Portuguesa afirma que a cláusula nona do contrato de empréstimo estabelece que o Vasco deveria fazer um seguro de vida e acidentes pessoais ao atleta no valor de US$ 3 milhões (R$ 2,7 milhões).
O clube carioca não fez o seguro e a Portuguesa foi à Justiça cobrar. O time paulista venceu na primeira instância. O Vasco recorreu e o processo está no Tribunal de Alçada do Rio.
Já o advogado que representa os herdeiros de Dener, Valter Eustácio Franco, move processo trabalhista contra ambos os clubes.
Entre os pedidos de Franco está uma indenização de US$ 3 milhões. "No contrato entre os clubes, existia a obrigação do seguro de vida. Como ele não foi feito, queremos a indenização", disse.

Texto Anterior: Márcio teme falta de ritmo
Próximo Texto: Santos força marcação contra o Bragantino
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.