São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Especialistas acham que é apenas outra mídia

DA REPORTAGEM LOCAL

Especialistas no ensino de idiomas ouvidos pela Folha acreditam que programas de computador para aprendizado de línguas estrangeiras são meros complementos e fazem sucesso por estarem em outro formato.
O diretor do Departamento de Ensino da escola de alemão Goethe Institut, Günter Kipfmüller, analisou dois programas: "Introductory Games in German" e "Think & Talk German".
Acredita que o primeiro pode ser mero complemento para fixar vocabulário em nível elementar.
O professor apontou a seguinte falha no programa da Syracuse: priorização da memória no lugar do aprendizado. No segundo produto, as críticas de Kipfmuller foram centradas na falta de variedade dos diálogos.
Ele acredita que os cursos em CD-ROM pecam pela falta de melhor aproveitamento dessa mídia. "Não adianta transportar os velhos métodos de ensino para uma mídia tão avançada quanto a do CD-ROM", diz.
O professor Antonio Campos, que dá aulas de inglês em empresas, opina que o uso de programas em CD-ROM como o "Vamos Falar Inglês" é ideal para alunos de estágio intermediário e não tem tempo para frequentar aulas com regularidade.
Ao analisar o CD-ROM "English Works 2", da Longman, Campos achou a idéia boa, mas o produto exige que se trabalhe com as fitas cassete.
Na sua opinião, tudo que se pode fazer no livro, que vem com o CD, dá para fazer com as fitas e o livro. "O CD vira um acessório visual totalmente dispensável."
Mesmo sendo mais uma mídia, escolas como o Yázigi estão adotando programas em CD-ROM. É o caso do "Ellis", usado em laboratórios. A empresa também desenvolveu no Brasil o "Intermep", que é vendido ao público.

Texto Anterior: Programas estimulam o aprendizado
Próximo Texto: Infantis dão noções básicas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.