São Paulo, quinta-feira, 20 de abril de 1995
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Jatene diz não ser o "governo"

CYNARA MENEZES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Saúde, Adib Jatene, não quis responder diretamente à crítica do ministro Sérgio Motta (Comunicações) de que falta "agressividade" em sua área, mas afirmou que "só um alienado ou tonto" pensaria não encontrar dificuldades no governo.
"Não sou nenhum dos dois. Sei que o governo tem dificuldades, mas tenho trabalhado da manhã à noite. Estou fazendo tudo que posso", afirmou Jatene.
Ele disse ainda que não pode responder por problemas entre o governo e seus aliados. "Eu não sou o governo, sou o ministério da Saúde, e não tenho dificuldades com aliados ou oposição", disse.
Para o ministro, a veiculação de frases de Motta é "jornalismo de fofoca", e não pretende "colaborar" com isso.
O ministro contou que recebeu um telefonema de Motta explicando ter falado da falta de "agressividade" na Saúde "em outro contexto". Ele não disse em qual.
Jatene aproveitou para falar de suas realizações frente ao Ministério da Saúde, principalmente do pagamento de dívidas junto a ambulatórios e hospitais.
Educação
O ministro Paulo Renato Souza (Educação), começou o dia de ontem afirmando, através de sua assessoria, que não iria comentar as declarações de Motta. Mais tarde, porém, no Congresso acabou concedendo entrevista.
"As palavras do ministro Sérgio Motta foram muito mal interpretadas pela imprensa. E o que ele disse não criou nenhum problema ou constrangimento", disse Paulo Renato.
Sobre as críticas feitas por Motta, de que o MEC não sabe usar o "ouro" que tem, Souza respondeu que "o MEC está usando o ouro que tem, tanto que vim aqui hoje (ao Congresso) ver como está a tramitação dos projetos de nosso interesse".
Maciel.
O presidente interino, Marco Maciel, disse através de sua assessoria que não iria comentar as críticas do ministro das Comunicações. "Diante do desmentido do ministro das Comunicações, não existe comentário a fazer", disse sua assessoria de imprensa.

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