São Paulo, quinta-feira, 20 de abril de 1995 |
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Senado 'lava mãos' em votação
RAQUEL ULHÔA
O medida -que não depende da sanção do presidente Fernando Henrique Cardoso- ainda não tem data para entrar em vigor. Até agora, ela já foi aprovada por Portugal, Cabo Verde e Brasil. Depende ainda da aprovação de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe para que passe a ter validade. A tranquilidade com que o Senado aprovou o acordo surpreendeu o relator da matéria, o senador Josaphat Marinho (PFL-BA). "Me causou surpresa quando ninguém se levantou para discutir a matéria", afirmou Marinho. Desta vez, os senadores acharam que não era sua competência analisar o mérito das modificações gramaticais previstas. Para eles, cabia ao Senado apenas homologar o acordo, já que ele foi negociado pela Academia Brasileira de Letras, do lado brasileiro. "Não sei quais são as mudanças previstas, mas a Academia é apta para fazer isso", resume Beni Veras (PSDB-CE). "O papel do Senado era de homologar ou não." A votação do acordo foi simbólica, ou seja, o presidente da sessão -naquele momento o senador Nabor Júnior (PMDB-AC)- leu o número e o resumo do decreto-legislativo que aprovava o acordo e determinou a quem fosse favorável que permanecesse como estava. Ninguém se mexeu. Na opinião do relator, a medida "resguarda a unidade essencial da língua portuguesa, mas não a uniformiza". Para Josaphat Marinho, a unidade é importante para "a expansão da língua". (Raquel Ulhôa) Texto Anterior: Portugueses prevêem prejuízos Próximo Texto: Língua teve duas reformas no Brasil Índice |
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