São Paulo, quinta-feira, 20 de abril de 1995
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Presidente da Fiesp nega ter defendido o "calote"

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, disse ontem que "ao defender a redução de multas e honorários dos procuradores do Estado (sucumbência), para que as empresas inadimplentes possam se colocar em dia com o fisco, não estou fazendo a defesa do calote ou da anistia generalizada, mas cumprindo minha obrigação de presidente."
As declarações são uma resposta às críticas feitas por Yoshiaki Nakano, secretário da Fazenda do Estado de São Paulo.
Segundo Nakano disse anteontem à Folha, "não é oportuno uma liderança como o presidente da Fiesp quase conclamar empresários a não pagar impostos."
Moreira Ferreira havia dito que a "indústria vive uma ciranda de inadimplência".
Ontem, o presidente da Fiesp aproveitou almoço com os empresários do setor químico e petroquímico, na sede da entidade, para afirmar que a polêmica com o secretário, no seu entender, não faz sentido. "Seria uma insensatez defender ou estimular o calote."
Moreira Ferreira disse que "o que pretendemos é fazer com que as empresas possam, nos prazos adequados, cumprir os acordos de pagamentos de seus débitos" com os governos federal, estadual ou municipal.
Ele esclareceu que não quer o cancelamento das correções monetárias nas sim a "clareza" na fixação dos juros. Ele defende ainda a redução de multas para que as empresas não recorram ao mercado financeiro com taxas "proibitivas" que "só podem levar ao suicídio aqueles que tomarem empréstimos".

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