São Paulo, quinta-feira, 20 de abril de 1995
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Líder da oposição escapa de atentado

MARIA ALZIRA BRUM LEMOS
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE MADRI

Um carro-bomba explodiu ontem, em Madri, às 8h15 (horário local), no elegante bairro de Arturo Soria. Saíram feridas 15 pessoas, uma delas gravemente.
O alvo do atentado era José Maria Aznar, dirigente do PP (Partido Popular) e principal líder da oposição ao governo socialista de Felipe González.
Aznar escapou com alguns arranhões. Seu carro tem blindagem semelhante à utilizada por chefes de governo.
O governo espanhol responsabilizou o ETA, grupo terrorista basco, pelo ataque (leia o texto abaixo).
Imediatamente depois da explosão montou-se um imenso aparato de ambulâncias, helicópteros, motos e carros de polícia.
Os feridos, incluindo Aznar, foram levados para o hospital mais próximo, uma maternidade. De lá, foram depois transferidos para centros de atendimento mais capacitados.
Apesar do fracasso, o atentado teve enorme impacto entre os espanhóis. Do hospital onde se encontrava em observação, Aznar recebeu um telefonema de solidariedade do primeiro-ministro Felipe González.
O ministro da Justiça e do Interior, Juan Alberto Belloch, manifestou-se pedindo a união "de todas as forças democráticas do país" contra o que qualificou mais ou menos como a praga do terrorismo.
Este é o segundo atentado do ETA este ano. Ambos foram contra membros do PP. Em janeiro último, Gregório Ordoñez, candidato favorito à Prefeitura de San Sebastián -uma das três capitais bascas- foi assassinado quando comia num restaurante.
O PP, que adota uma postura firme de não negociar com o grupo terrorista, revidou endurecendo ainda mais a política contra o ETA.

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