São Paulo, quinta-feira, 20 de abril de 1995
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País é líder da instabilidade

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

As rupturas institucionais na Bolívia compunham até os anos 70 uma espécie de visão folclórica da história latino-americana.
Em 170 anos de independência, o país conheceu 192 "revoluções" bem ou mal sucedidas. Em média, mais de uma por ano.
Uma das razões disso está na falta de um modelo de Estado que fosse consensual às antigas oligarquias e às elites que as sucederam.
A crise mais aguda foi a de abril de 1952. Victor Paz Estenssoro, eleito presidente em 1951, foi impugnado por uma junta militar.
Mas a queda dos preços internacionais do estanho -principal riqueza mineral boliviana- gera um colapso na economia e uma rebelião, comandada pelo Movimento Nacionalista Revolucionário, que derrota o Exército e as jazidas são nacionalizadas.
Nos anos 70, dois presidentes permanecem menos de cinco meses no poder: Juan Pereda e Walter Guevara.
Siles Suazo é eleito em 1980 mas só dois anos depois os militares permitem sua posse. Inicia-se um período inédito de estabilidade política na Bolívia.

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