São Paulo, quinta-feira, 20 de abril de 1995
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Vila no Reino Unido é capital do livro usado

ROBERVAL SCHINCARIOL
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A vila de Hay-on-Wye, na divisa da Inglaterra com o País de Gales (Reino Unido), tem um dos maiores conjuntos de livrarias de livros usados (sebos) do mundo.
São cerca de 10 milhões de volumes à venda, com preços que variam de 0,50 libra (R$ 0,72) a até 10 mil libras (R$ 14,4 mil).
A febre dos livros começou em 1961, quando Richard Booth, conhecido como o "rei de Hay", abriu o primeiro "secondhand bookshop" (sebo, em inglês).
Hoje, a vila de apenas 1.400 habitantes recebe anualmente cerca de 1 milhão de turistas.
Delícia dos apreciadores de literatura, Hay-on-Wye impressiona também pela bela paisagem.
Encravada nas margens do rio Wye e tendo ao fundo as "Black Mountains" (Montanhas Negras), a cidade tem ainda vales e castelos.
Uma boa e tradicional comida inglesa, servida em aconchegantes e históricos hotéis e restaurantes, completa o passeio.
Rei
Hay-on-Wye entrou mesmo para a história em 1976, quando Richard Booth resolveu se autocoroar "o rei de Hay".
A imprensa britânica correu para a vila à procura do homem que acabara de declarar a independência de Hay. "O mundo ficou conhecendo a capital do livro usado e seu rei", disse Booth à Folha.
Booth deu uma dica aos brasileiros. Segundo ele, nem todos os donos de sebos têm conhecimento em literatura luso-brasileira.
Quem sabe, no meio dos livros à venda, não seja possível encontrar, por exemplo, uma rara edição de Fernando Pessoa?

LEIA MAIS
Sobre Hay-on-Wye na pág. 6-20.

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