São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 1995
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Motta afirma que não há do que se retratar

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, afirmou ontem, no Rio, que "não há do que se retratar", referindo-se às críticas que fez ao governo. "Somos uma equipe integrada. Aliás, nem fiz críticas e sim uma veemente defesa do governo", disse.
Motta criticou, na terça-feira, na Câmara, a atuação do governo na área social. "Essa masturbação sociológica me irrita", disse. Fez ainda reparos às atuações dos ministros da Educação, Paulo Renato Souza, e da Saúde, Adib Jatene.
FHC condenou as críticas do seu ministro das Comunicações. Através do porta-voz, Sérgio Amaral, ordenou que se limitasse "à sua área de competência".
Motta fez questão de dissociar sua amizade com FHC do seu cargo no ministério. "A minha relação com o presidente da República não tem nada a ver com a minha posição no governo", afirmou.
O ministro das Comunicações esteve ontem no Rio para participar da inauguração da Central de Trânsito do Encantado (zona norte), uma estação da Embratel para efetuar ligações telefônicas do Rio para outros Estados.
O governador do Rio, Marcello Alencar (PSDB), fez questão de prestar solidariedade ao ministro. Ele afirmou, no discurso que fez na solenidade, que Motta era "a vanguarda do governo".
Motta, na saída do prédio da Embratel, disse que não concordava com o governado. Ele disse à Folha que se considerava apenas "a vanguarda esportiva do governo".

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