São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 1995 |
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Delegada é acusada de agressão no DF
WILLIAM FRANÇA
A agente Jandira Barros Alvarenga, na época lotada na Deam, acusa a delegada de agredi-la verbalmente e acusá-la de "safada, cínica e espertinha", devido as suas faltas ao serviço, justificadas com a apresentação de atestados médicos. A delegada Déborah Menezes disse ao juiz Asdrúbal Nascimento Lima, da 8ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do DF, que "chamou a atenção" da agente mas não proferiu qualquer ofensa. Segundo o depoimento, Déborah declarou que nunca levantou a voz nem sequer para bandidos, quanto mais para uma subordinada sua. Déborah confirmou no depoimento que Jandira passou mal depois da discussão na Deam. Ela chegou a ser atendida emergencialmente pelo então ginecologista Vasco Rodrigues da Cunha, que estava detido, sob acusação abuso sexual e acabou depois tendo o seu diploma de médico cassado pelo Conselho Regional de Medicina. Jandira, ao reconhecê-lo, recusou continuar sendo atendido por ele e foi removida para um hospital. O juiz disse à Folha que o processo contra a delegada deve ser julgado até o final do ano. Ela está sendo acusada de injúria. Além disso, a delegada responde a representações na Corregedoria de Polícia Civil e na Secretaria de Segurança, em que são pedidos o seu afastamento do cargo. A Folha tentou ouvir os advogados Antônio Ponce, que defende a delegada, e Guy de Andrade, que defende a agente. Nenhum retornou as ligações. Déborah também foi contatada mas não retornou a ligação até as 20h15 de ontem. Texto Anterior: Empresário morre com 3 tiros no interior de SP Próximo Texto: Governo diz que não pagará aulas não dadas Índice |
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