São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 1995 |
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Mais ricos optam por 2 filhos
AURELIANO BIANCARELLI
Pelo método do Seade -chamado de Análise Multivariada- o grupo A é o que tem melhores condições de vida. Entre as 4,4 milhões de famílias da Grande São Paulo, 21,7% estão no grupo A. Quase 90% das famílias desse grupo não têm nenhum dos quatro tipos de carência: moram em casas com mais de três cômodos construídas em alvenaria e ganham mais de R$ 140,00 per capita. E dois de seus membros têm primeiro grau completo e um emprego estável. No grupo A, o item fundamental é instrução. "A escolaridade leva a um melhor emprego e a uma renda melhor", observa Sandra Marcia Chagas Brandão, analista de projetos do Seade. No grupo B -onde estão 36,3% das famílias da região metropolitana- quase não há carência em moradia. As casas têm quarto, cozinha, sala e banheiro. Um terço delas tem duas carências, principalmente instrução e renda. Um quinto delas não tem nenhum tipo de carência, mas estão nesse grupo porque a renda é relativamente baixa ou a moradia precária. No grupo C, um terço das famílias é carente em moradia, instrução e renda. Nesse grupo estão 16,1% das famílias. No D -onde está um quarto das famílias da Grande São Paulo-, 40% apresentam três carências, a maioria delas não tem instrução, emprego e renda. Desse grupo, 54,2% das famílias são carentes em tudo: não ganham o suficiente para comer, não têm emprego, não estudaram e moram em condições precárias. São 640 mil famílias vivendo em situação de miséria. (Aureliano Biancarelli) Texto Anterior: Leitora reclama de demora em reparo de carro Próximo Texto: Arquivos da Unicamp são destruídos por pirata Índice |
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