São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 1995
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Austrália se aproveita da confusão do mercado

JORGE CARRARA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Nos últimos anos, o mercado mundial de vinhos tem andado a passos de tartaruga. Apesar de a procura pela bebida ter aumentado em alguns países (Bélgica), tem
diminuído em outros (Espanha, França e Itália) e, em grandes mercados como EUA e Inglaterra, o consumo está estabilizado.
Os produtores de todo o mundo têm assumido diferentes atitudes. Enquanto alguns países chegam a planejar a desativação de parte dos vinhedos para evitar a queda dos
preços por uma oferta exagerada, outros se preparam para crescer abocanhando uma maior fatia do mercado, com produtos de boa relação preço-qualidade.
Militam neste segundo time países como Hungria, Bulgária, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.
Dentre eles, a Austrália tem os planos mais ambiciosos. Até o fim da década, seus vitivinicultores devem colocar em produção 15 mil novos hectares de vinhedos. Por aqui os goles da terra dos cangurus também ganham espaço e duas novas marcas: Tyrrell's e Yalumba.
Os Tyrrel's vem do Hunter Valley, ao norte de Sydney, no leste do país. O Chardonnay Vat 47 (estrela da casa) é considerado um dos melhores brancos australianos. A casa oferece ainda os bons tintos Cabernet e Chiraz (ou Syrah), como os da série Old Winery, que podem ser encontrados por aqui. Eles têm corpo médio e sabor frutado com certo tempero de madeira. O Cabernet (cortado com Merlot) é um pouco mais nervoso, com boa acidez, e o Shiraz, mais denso e tânico.
Os Yalumba nascem nas terras (mais quentes) de Barossa Valley, perto da cidade de Adelaide, no sul do país. A firma elabora alguns tintos encorpados como o Family Reserve Cabernet-Merlot.
Vale a pena conferir o da safra 92, que combina em sua robustez paladar leve de cassis com pimentão, eucalipto e cedro.

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