São Paulo, quarta-feira, de dezembro de |
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BB renegocia suas dívidas
DANIEL BRAMATTI
Formada por dez advogados, negociadores e especialistas em crédito bancário, a força-tarefa ocupa uma sala no edifício-sede do BB, em Brasília, de onde comanda a formação de núcleos regionais de cobrança em todos os Estados. Os R$ 50 milhões resgatados representam apenas 0,9% do total da inadimplência (dívidas em atraso superior a 60 dias) do BB, estimada em R$ 5,6 bilhões. A meta da força-tarefa, porém, é ousada: reduzir o índice de inadimplência do banco para 2% até o final de 96. Atualmente, este índice é de 7,8% -de cada R$ 100 emprestados. R$ 7,80 são pagos com atraso ou não são pagos. "Há hoje uma pressão muito grande por parte do banco para recuperar seus capitais", disse o diretor de Crédito Geral do BB, Édson Soares Ferreira. Na semana passada, a Folha publicou relatórios confidenciais do BB que indicavam prejuízos de R$ 3,35 bilhões causados por dívidas não pagas. Os principais alvos da força-tarefa são os grandes devedores. Um dos relatórios publicados pela Folha, de novembro de 94, demonstrou que 44% dos prejuízos do banco eram causados por apenas cem grandes devedores. O BB também criou em Brasília uma central telefônica de atendimentos sobre inadimplência. Outro lado A Máquinas Operatrizes Zocca Ltda., de Jaboticabal, enviou carta à Folha, assinada por Sidney Zocca Junior, informando que "não é devedora de nenhum empréstimo que lhe tenha sido feito pelo BB com recursos do Tesouro Nacional". O nome da empresa foi publicada no dia 19 de abril na lista das cem maiores dívidas do BB garantida pelo Tesouro. Texto Anterior: Serra nega pacote anticonsumo Próximo Texto: Embaixador sai sem se despedir Índice |
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