São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Jatene critica patentes da indústria farmacêutica e pede IPMF da saúde

DA SUCURSAL DO RIO E DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O ministro da Saúde, Adib Jatene, criticou, anteontem à noite, em um programa de televisão do sociólogo Herbert de Sousa, o Betinho, o sistema de patentes na indústria farmacêutica.
No mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, sugeriu a FHC que adote uma lei de patentes (que garante o direito autoral ao inventor) "forte".
Jatene quer a criação de um órgão mundial que "compatibilize o preço dos medicamentos com a capacidade aquisitiva da população". "Os laboratórios que mantêm seus departamentos de pesquisa geram conhecimentos que não são patrimônio da humanidade. É propriedade de empresas protegidas por patentes que levam a registrar os preços que interessam aos laboratórios", afirmou.
Ontem, em Porto Alegre, o ministro defendeu a volta "imposto do cheque" -o IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira). Ele propõe que a arrecadação seja destinada à área de saúde.
"Eu aceitaria de muito bom grado (a receita do imposto do cheque), pois acho que não oneraria a população", disse Jatene. "Seria uma demonstração direta de que toda população estará contribuindo para ter o sistema que ela quer ter e que não pode ter porque os recursos destinados são insuficientes", declarou o ministro.
Os R$ 6 bilhões arrecadados com a volta do imposto "permitiriam ao Ministério da Saúde cumprir todas as ações que a população reclama", afirmou Jatene.

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