São Paulo, sábado, 22 de abril de 1995 |
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Explosão assusta brasileiros em Oklahoma City
MAURO TAGLIAFERRI
A bomba que destruiu o edifício Alfred Murrah, no entanto, não passou de um susto para um grupo de estudantes brasileiros que vive em Oklahoma City. "Pensei que alguém batia na minha porta. Levantei, olhei e, como não havia ninguém, voltei a dormir, contou o paraense Porciuncula, que estuda comércio exterior na Universidade de Oklahoma City (UOC). O brasileiro mora próximo ao campus da universidade e a 4,8 km do local da explosão. Já a estudante de inglês Márcia Delgado, 24, tinha acabado de entrar na sala de aula, no campus da UOC, quando ouviu o estouro. "Chegou a doer no ouvido. Saí da sala e vi um cogumelo branco subindo no céu e, logo depois, a fumaça preta, disse. "Parecia o estouro de uma pedreira, ou um trovão muito forte. Chegou a sacudir a janela da classe, acrescentou Regina Rocha, 25, outra estudante de inglês. "Os professores saíram assustados, alguns deles tinham parentes que poderiam estar lá, contou. Segundo ela, como Oklahoma City é uma cidade pequena, todos conhecem pelo menos uma pessoa que sofreu danos com a explosão. "Um dos vizinhos da casa onde moro, por exemplo, estava no prédio, caiu do sétimo para o quarto andar e está no hospital, disse a estudante paulistana. Apesar do susto, nenhum dos brasileiros pretende antecipar sua volta ao Brasil por causa do incidente. "Mudar daqui em passa pela minha cabeça. O que aconteceu foi um fato isolado, afirmou Alexandre de Souza, 27, que vive há cinco anos em Oklahoma City. Para alguns, inclusive, o susto maior foi dos familiares no Brasil. "Quando cheguei em casa depois da aula, havia três recados da minha mãe na secretária eletrônica, perguntando se eu estava vivo, disse Mário Celso Rodrigues, 22. (MT) Texto Anterior: Da Cidade do México Próximo Texto: Grupo racista vê governo como inimigo Índice |
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