São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995
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Contra-ataque; Operação resgate; Avis rara; De fato e de direito; Problema de comunicação; Devendo ao devedor; Nada com isto; Peso em pó

DE FATO E DE DIREITO

Contra-ataque
Com a ameaça de o PFL, em sua nova versão, alcançar maioria no Congresso, tucanos do governo começam a admitir: a única opção de FHC, se não quiser dar mais cargos aos aliados, é cacifar Serjão como seu operador político.

Operação resgate
Visto por ministros tucanos como o único capaz de melhorar a situação de FHC no Congresso, Serjão recebeu apoio dos colegas após o caso da "masturbação sociológica". Mesmo FHC diz que precisa de um operador de peso.

Avis rara
O plano do PFL de fundir-se a PPR, PTB, PP, PL e parte do PMDB no Partido Social Liberal advém da inapetência para o poder mostrada pelo PSDB até agora. Só um tucano poderoso no trato com o Congresso abortaria o processo.

Quase quatro meses após a posse, a foto do governador oficial da Bahia, Paulo Souto (PFL), ainda não foi pendurada nas secretarias e empresas estatais. Em compensação, a foto de ACM ainda não foi retirada dos órgãos públicos.

Problema de comunicação
Empresas estatais federais que, segundo a lista de devedores do Ministério da Previdência, veiculam propaganda em empresas de comunicação que estão em débito com o INSS: Correios, Banco do Brasil, CEF e Embratel.

Devendo ao devedor

Nada com isto
O governo critica a si próprio pela demora nas ações sociais, mas o Planejamento se apressa a explicar que isto não é por falta de dinheiro. Na semana passada foram pagos R$ 60 milhões à LBA, pelas cotas de janeiro a março.

Peso em pó
Não é só no Brasil que há doadores de campanha polêmicos. Principal adversário de Menem na corrida presidencial argentina, Jose Bordón investiga todas as doações acima de US$ 7 mil. Não quer dinheiro de narcotraficantes.

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