São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995 |
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Ataque a FHC ofusca elogios de americanos Crítica de Sérgio Motta atrapalha viagem aos EUA JOSIAS DE SOUZA
Na terça, Maciel ocupou a cena. Pressionado por governistas, valeu-se da condição de presidente interino para suspender programa de enxugamento de cargos na Caixa Econômica Federal. Em encontro com a bancada do PMDB, o ministro das Comunicações comunicou-se mal. Elogiou e criticou o governo. As críticas fizeram mais sucesso, especialmente a de que o governo foi acometido por um surto de "masturbação sociológica" na área social. No meio da semana, um discurso de FHC foi efusivamente aplaudido por uma platéia de 1.200 empresários americanos. A claque do empresariado foi, porém, abafada pela voz do porta-voz Sérgio Amaral e pelo estrondo da bomba que destruiu um edifício e matou americanos em Oklahoma City. Confrontado com a bronca do porta-voz em Sérgio Motta- "ele deve limitar seus comentários à sua área de competência"- e com imagens do resgate de vítimas da explosão, FHC foi novamente posto em segundo plano. Não bastasse a concorrência desleal, a aprovação na Câmara do projeto que aumenta o salário mínimo para R$ 100 foi atribuída ao jogo de cintura de Marco Maciel. Para arrematar, FHC encontrou-se com Bill Clinton. A explosão de Oklahoma ainda ecoava na Casa Branca. Clinton cobrou uma "Lei de Patentes forte". Texto Anterior: A geléia filantrópica Próximo Texto: A OPINIÃO DA FOLHA Índice |
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