São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995
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Telê manda São Paulo apertar marcação

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo vai apertar a marcação sobre o Palmeiras, esta tarde no Pacaembu. O time pretende não dar espaço para o adversário e, dessa maneira, evitar uma nova derrota, como a do primeiro turno.
A comissão técnica e os jogadores concordam que os espaços deixados para o adversário foram a principal causa da vitória palmeirense (2 a 1) naquela partida, disputada há seis semanas.
"No outro jogo, demos muito espaço. Não podemos repetir isso desta vez", destacou o meia Juninho.
No primeiro turno, o São Paulo mostrou-se apático contra um Palmeiras aplicado, que fez dois gols no primeiro tempo e liquidou a partida.
A marcação do Palmeiras levou o técnico Telê Santana a dizer que o São Paulo poderia mudar seu estilo de jogo dali em diante.
Mas o estilo não mudou e Telê continuou a reclamar das entradas dos palmeirenses: "O Amaral faz muitas faltas e além disso algumas delas são desclassificantes", afirmou sobre o volante do time de Valdir Espinosa.
Mais uma vez, Telê quer os jogadores atuando sobre o "fio da navalha" futebolístico: jogar com o máximo de garra, mas sem nenhuma violência.
"Eu não peço, nem admito que eles dêem pontapés", afirma, enfático.
Os jogadores se esforçam para obedecer e concordam com o técnico, pelo menos em tese.
A opinião de Juninho é que um clássico como este tem resultado imprevisível.
"Normalmente, vence o time que se aproveitar de uma desatenção do adversário, numa bola parada ou uma coisa assim."
Para evitar que desatenções atinjam o São Paulo outra vez, Telê incumbiu o volante Alemão de comandar a defesa.
Depois de um começo irregular no clube, Alemão passou a cumprir o que Telê exigia dele: ser um ponto de equilíbrio no time.
A atuação contra o Corinthians foi decisiva para marcar sua nova fase. Apesar da derrota do São Paulo, Alemão foi um dos melhores em campo.
Uma das funções de Alemão é orientar o volante Mona, que ganhou a posição que era de Axel por sua eficiência na marcação.
Telê só quer que ele melhore sua participação no jogo quando o time tem a posse de bola.
O técnico repudia qualquer cobrança sobre o fato de que o time não venceu nenhum clássico no primeiro turno -empatou um e perdeu três. "O que importa é que estamos em primeiro", afirmou.
A partida de hoje deve marcar a despedida do zagueiro Júnior Baiano. Amanhã, ele viaja para Bremen, onde faz exames médicos no seu futuro clube, o Werder, vice-líder do Campeonato Alemão.

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