São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995 |
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Menem muda campanha para evitar segundo turno
SÔNIA MOSSRI
Esta mudança ocorrerá porque pesquisa reservada do Partido Justicialista, de Menem, mostra que faltam apenas três pontos percentuais para que Bordón consiga ir ao segundo turno na disputa pela Presidência argentina. Segundo a Folha apurou junto à Casa Rosada, sede do governo argentino, a pesquisa dá 44,6% das intenções de voto para Menem, contra 31,8% de Bordón. Pela nova Constituição argentina, ganha o primeiro turno o candidato que conseguir 40% dos votos, mais uma diferença de 10% em relação ao segundo colocado, ou 45% dos votos. O PJ considera que a pior coisa que poderia ocorrer seria um segundo turno contra Bordón. Neste caso, ele teria chances de derrotar Menem pela união entre os partidos políticos de oposição. As principais alterações na campanha são concentração de comícios no interior e entrada do cantor Palito Ortega, governador da Província de Tucumán. Ortega é comparado a Roberto Carlos pela assessoria direta do presidente Menem, sendo uma das lideranças do Partido Justicialista mais populares no país e campeão de vendagem de discos. O coordenador da campanha menemista, Alberto Koham, programou megacomícios, com telões, efeitos especiais e uso de canhões laser em algumas das Províncias do interior. Na última semana, Menem e o ministro da Economia, Domingo Cavallo, deram entrevistas afirmando que a eventual derrota do Partido Justicialista nas eleições de 14 de maio "seria o caos" para o programa de estabiliade. Pesquisas de opinião pública dizem que muitos eleitores revelam intenção de voto favorável a Menem unicamente por causa do temor de uma desvalorização do peso frente ao dólar. Texto Anterior: CURRICULUM VITAE Próximo Texto: Era de ditadores africanos está próxima do fim Índice |
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