São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995 |
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Padecendo no Paraíso
DALMO MAGNO DEFENSOR
Prestes a saborear a pizza que o Diabo amassou, Ana resolveu rodar a italiana. Em revelação feita de maneira sórdida, digna da campanha collorida de 89, contou a Marcelo e aos filhos que um destes é filho de outro homem, mas recusou-se a dizer qual dos três, ou a identidade do pai. Na vida real, a prole provavelmente entraria em parafuso, obrigando Marcelo a incluir no valor da pensão os honorários de uma junta de psicólogos. No entanto, adolescentes de novela costumam ser muito maduros, compreensivos e sensatos, embora não tanto quanto crianças de novela. Resultado: os teens não apenas suportaram o choque serenamente, mas também apoiaram integralmente a atitude da mãe. Só faltou ato público. Por falar em prole, suspeito que a simpática Yara (Georgina Góes), filha de Juca (Tony Ramos), tem origem ainda mais misteriosa, possivelmente interestelar. Perfeito bicho-do-mato, ela consegue ser absurdamente mais inculta e ignorante do que seu pai e seu irmão, com quem -imagina-se- foi criada. Silvio de Abreu deve ter um baralho inteiro escondido na manga para explicar essa Mowgli de saias. Texto Anterior: Programas ruins não dão vez ao novo Índice |
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