São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995 |
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Número de TVs ligadas diminui às 20h30
ARMANDO ANTENORE
Há seis anos, aproximadamente 3,1 milhões de domicílios assistiam TV na Grande São Paulo das 20h30 às 21h30. O número caiu para 2,7 milhões em 1994. Ou melhor: 400 mil residências deixaram de ver televisão em um dos horários mais tradicionais de novelas. A razão? "Não temos condições de saber", diz Flávio Ferrari, diretor comercial do Ibope. É certo, porém, que o fenômeno não se repetiu das 19h às 20h30. O número de domicílios que assistiam televisão no horário manteve-se praticamente igual entre 1989 e 1994. O crescimento da Bandeirantes em São Paulo também justifica as baixas na novela das oito. A emissora encerrou a década de 80 com audiência média de um ponto às 20h30. O índice aumentou 300% após cinco anos (veja quadro abaixo). A reação começou em 1991, quando a Bandeirantes passou a transmitir competições esportivas na faixa das 20h. Até então, preenchia o horário com seriados norte-americanos como "Dallas". O SBT viveu processo parecido. Em 1989, tinha audiência de sete pontos na Grande São Paulo das 20h30 às 21h30. Dois anos depois, a média subiu para 12 pontos. A ascensão coincidiu com o sucesso da novela mexicana "Carrossel", que o SBT exibia entre 20h e 21h. Curiosamente, na mesma época, as médias da Manchete deram um salto. A emissora costumava atingir, até 1990, audiências de três pontos às 20h30. Em 1991, o índice dobrou. Mas voltou a cair no ano seguinte. É difícil explicar a oscilação. A emissora sempre reservou o horário para o "Jornal da Manchete". E o programa não sofreu, em 1991, nenhuma mudança que justificasse a maior audiência. Texto Anterior: Cultura e SBT crescem das 19h às 20h30 Próximo Texto: Domingo também é ponto fraco Índice |
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