São Paulo, terça-feira, 25 de abril de 1995
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Apelo por saúde eleva consumo de aveia

CARMEN BARCELLOS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A busca por alimentos mais saudáveis e o Plano Real estão elevando o consumo de aveia, alimento considerado supérfluo pela maioria da população.
Entre dezembro de 94 e março deste ano, foram consumidas no país 2.585 toneladas do cereal, 27% a mais do que em igual período de 93 e 94, segundo pesquisa da Nielsen Serviços de Marketing.
"Registramos um aumento de 20% nas vendas desde julho passado", afirma Marcos Machado, gerente de marketing da Quaker.
A empresa detém 80% do mercado de aveia para consumo humano.
Na Ferla, vice-líder, as vendas subiram 18%, diz Álvaro Semelman, diretor industrial.
O "Oat Meal" da Quaker (aveia instantânea nos sabores chocolate, canela e castanha de caju com mel) deverá ter sua produção aumentada em 50% nos próximos meses, segundo Machado.
"O consumo está 30% acima do esperado. Por isto ainda não há produto suficiente para atender todo o país", diz.
Em 94, a Quaker investiu US$ 3,5 milhões em publicidade, com ênfase para o lançamento do "Oat Meal". Para este ano estão previstos US$ 4 milhões.
Além da publicidade para conscientizar o consumidor de que a aveia é saudável, a Quaker está investindo no desenvolvimento de sementes de melhor qualidade.
A empresa mantém convênios com universidades do Rio Grande do Sul e com a Cooperativa Agrária Mista Entre Rios, no PR.
Este ano, a Quaker comprou 15 mil toneladas de aveia da Agrária, 5.000 toneladas a mais do que do ano passado.
A Quaker é a única que compra todo o cereal que industrializa de produtores nacionais.
A Ferla compra no Brasil 2.000 toneladas das 6.000 toneladas que consome por ano.
O restante é importado da Argentina, Paraguai e Uruguai.
Semelman afirma que falta produto de boa qualidade no Brasil.
No último ano, outras marcas passaram a disputar o mercado, como Mococa, Superbom e Yoki.

LEIA MAIS sobre safra de inverno na pág. 6-3

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