São Paulo, terça-feira, 25 de abril de 1995 |
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Secretária da SAF admite uso de 'jeitinho' na administração
CT
Como exemplo de "jeitinho", ela citou o pagamento de carros de secretários por empresas prestadoras de serviços. O mecanismo é simples. Uma empresa de vigilância, por exemplo, eleva de forma fictícia o número de seus empregados que prestam serviços ao governo. A remuneração que ela recebe em excesso é destinada ao pagamento do carro. Segundo Costin, práticas desse tipo estão disseminadas em toda a administração. A situação, disse, é provocada pelo excesso de restrições, com origem no que ela chama de "princípio da desconfiança". Por esse princípio, o administrador não pode ter liberdade porque há o risco de que ele se envolva em corrupção. As declarações foram dadas em São Paulo durante o debate "Reforma Administrativa e Governabilidade", promovido pela fundação Konrad Adenauer e mediado pelo colunista da Folha Clóvis Rossi. Costin disse que o Brasil tem poucos funcionários públicos na administração federal. Segundo ela, há 578 mil servidores na administração direta (que não abrange estatais), autarquias e fundações, número inferior aos padrões internacionais. Texto Anterior: Luís Eduardo pede agressividade de FHC no confronto com a oposição Próximo Texto: Governo quer nova emenda da Previdência Índice |
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