São Paulo, terça-feira, 25 de abril de 1995 |
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Apostador faz planos milionários
DANIELA FALCÃO
"Quero conhecer meus antepassados", diz B.R., que prefere não dar seu nome completo para "continuar vivendo sossegado se ficar rico". Ele costuma apostar sempre nos mesmos números. "Escolhi dezenas que têm significado especial para mim: parte do meu telefone, o dia em que nasci e o do meu casamento". A dona-de-casa Luiza Cabelho, 64, tem outra técnica para escolher os números no cartão de apostas. "Dou para meu neto de oito anos marcar"', diz. Luiza havia parado de apostar na loteria. Quando soube, na semana passada, que a Supersena estava acumulada, resolveu voltar a fazer "uma fezinha". Além de atrair apostadores que estavam afastados das casas lotéricas, a Supersena acumulada fez com que muita gente trocasse outros jogos, como a Quina e a Sena, pela nova loteria da CEF (Caixa Econômica Federal). "Eu sempre joguei na Sena, mas com um prêmio tão alto resolvi passar para a Supersena. Sei que é mais difícil ganhar, mas quando passei pela porta da lotérica e vi o valor do prêmio, me senti na obrigação de apostar", diz o inspetor de transportes Júlio César da Silva, 43. Para Berto Sancho, gerente da lotérica Já Lucrei (região central de SP), prêmios milionários "tiram as pessoas do sério". Ontem, um único apostador gastou R$ 2.100 na Já Lucrei. "Muita gente torrou tudo o que tinha na semana passada. Mesmo assim, não resistem e voltam, nem que só apostem R$ 1", diz. Texto Anterior: Supersena acumula prêmio recorde Próximo Texto: Laudo culpa curva por queda de ônibus Índice |
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