São Paulo, terça-feira, 25 de abril de 1995
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Maluf defende aproximação com a China

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

O prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, praticou ontem em Pequim "diplomacia de prefeito".
Encontrou-se com dois importantes dirigentes chineses e pregou, em tom de ministro das Relações Exteriores, maior aproximação entre Brasil e China no campo econômico.
Maluf se encontrou pela manhã com Qiao Shi, presidente do Parlamento e terceiro homem na hierarquia do poder na China.
Depois do almoço se reuniu com o vice-premiê Zhn Rongji, estrategista principal das reformas que injetam capitalismo na economia chinesa.
Sinal da importância que a China atribui ao Brasil, Qiao Shi recebeu ontem em jantar outro convidado brasileiro: Leonel Brizola, presidente do PDT.
Ele veio a convite do Partido Comunista chinês para uma viagem de nove dias, iniciada sábado.
Quando a moda no cenário internacional privilegia a "diplomacia presidencial", ou seja, o presidente interferindo ativamente nas relações internacionais de seu país.
Maluf assumiu a "diplomacia de prefeito". Veio à China a convite da Prefeitura de Xangai, a maior cidade chinesa, e procurou vender o mote "fazer mais negócios" entre China e Brasil.
"Chegando ao Brasil, vou recomendar aos empresários que em vez de irem à Europa venham à China", disse Maluf à Folha.
A economia chinesa acumula o mais acelerado ritmo de crescimento do planeta. Entre 79 e 93, a taxa anual atingiu uma média de 9,3% e em 94, alcançou 11,8%.
Representantes de oito empresas acompanharam Maluf em peregrinações diplomáticas e turísticas.
No domingo, visitaram a Muralha da China e ontem o roteiro incluiu o mausoléu de Mao Tse-Tung, líder da revolução comunista de 1949.
Maluf, que chegou à China na quarta-feira, embarca hoje para Cingapura, última etapa da sua turnê asiática.
Ele pretende visitar os projetos que inspiraram seu programa habitacional. Amanhã, ele parte para Paris e deve voltar a São Paulo no próximo dia 5.

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