São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 1995 |
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Máxima janista Governador de São Paulo, Jânio Quadros preparava-se para reformar seu secretariado. O motivo era a necessidade de acomodação das forças políticas que o apoiavam -uma situação semelhante à que Fernando Henrique deve se defrontar em breve, segundo a visão de alguns tucanos. Uma comissão de 19 deputados estaduais e oito deputados federais foi ao Palácio dos Campos Elíseos entregar o currículo de um candidato a secretário do Trabalho. Jânio recebeu o calhamaço e começou a lê-lo atentamente. Enquanto corria os olhos pelas folhas, exclamava: - Magnífico currículo. Excelente! Excelente! Nunca vi igual. Quando os parlamentares já comemoravam, o governador concluiu: - Mas não vou nomeá-lo. Perplexo, o deputado Athiê Jorge Cury não se conteve: - Mas se o senhor achou o currículo tão bom, por que não vai nomeá-lo? Jânio explicou: - Não nomeio quem eu não possa demitir sem gerar uma crise. Texto Anterior: Trabalho gratuito; Fórmula antiga; Assessoria externa; Café com leite; Placar diferente; Ritmo estatal; Pedra no caminho Próximo Texto: PT intima ala de Genoino por causa das reformas Índice |
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