São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 1995
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'Não houve recuo', afirma diretor da Cetesb

DA REPORTAGEM LOCAL

O engenheiro Alfred Szwarc, diretor da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), disse que não houve recuo do Estado na mudança de rodízio obrigatório para facultativo na circulação de veículos.
"Ele (Feldmann) levantou a questão para debate", disse. Segundo Szwarc, cresceu o número de pessoas interessadas no tema. "Nas primeiras reuniões sobre o assunto, havia oito pessoas. Ontem, havia 16."
"Esta medida precisa ser vendida antes para o público", afirmou. Em junho, a Cetesb deve fazer um teste para checar o nível de adesão ao rodízio que tira de circulação 20% da frota a cada dia.
"Aí, no ano que vem, nós pretendemos fazer o rodízio obrigatório. Desta vez, com experiência acumulada", disse.
O maior problema para a a adoção do rodízio de veículos, segundo Szwarc, é operacional.
Se a medida fosse obrigatória, não haveria como controlar os carros que circulassem em dias em que não poderiam circular.
Em cidades da América Latina onde o sistema é utilizado, como Santiago do Chile e Cidade do México, cada carro deve ter um selo colorido no pára-brisa.
Na segunda-feira, carros que têm selo de uma determinada cor são proibidos de circular. Se os policiais apanham o motorista em situação irregular, ele é multado.
"O selo é grande, visível e não pode ser removido sem ser destruído", afirmou Szwarc.
O vereador Roberto Tripoli (PV) disse que a Operação Inverno da Cetesb é um programa muito tímido para resolver o problema da poluição em São Paulo.
Mas o parlamentar do PV disse que só haverá restrição à circulação de veículos particulares na cidade quando a prefeitura reduzir as áreas destinadas a estacionamento no centro e o Estado investir em transporte público.
Além do investimento na expansão das linhas do Metrô, Tripoli propõe que se estudem novas alternativas como o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), uma espécie de metrô de superfície.

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