São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 1995 |
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Ladrões mantêm 7 reféns desde segunda
JOSÉ MASCHIO; LUÍS CURRO; FÁBIO ZANINI
Os sete reféns -três mulheres, uma adolescente e três crianças- estão sendo mantidas presas pelos assaltantes desde as 5h da última segunda-feira. Os três homens, encapuzados e armados com escopetas, invadiram a casa do empresário. Ontem, a polícia informou ter indicações "quase seguras" sobre a identidade dos três assaltantes (leia texto ao lado). Eles exigiram as chaves do cofre da empresa Reuter Câmbio e Turismo, administrada por Martin (leia quadro ao lado). Depois de fazer nove reféns, os assaltantes liberaram Martin e o tesoureiro de sua empresa, Elton Kraemer, para que conseguissem US$ 500 mil (cerca de R$ 543 mil pelo câmbio comercial). Os assaltantes mantém como reféns sete pessoas: Leina Reuter Martin, Natália Reuter Martin, de 9 meses, Úrsula Kraemer, os gêmeos Fabrício e Fabiano Kraemer, 7, a babá de Natália, Ana Paula Syperreck, 15, e a empregada da família Martin, Ivete Scheffer, 25. A polícia foi avisada às 12h30 de anteontem e cercou a casa. Desde a tarde de anteontem, os assaltantes e a polícia não negociam uma solução para o impasse. Os assaltantes querem R$ 100 mil, um carro-forte e levar os reféns juntos na fuga. A polícia exige a rendição incondicional dos três homens. O advogado da família Martin, Sérgio Martinez, entrou na casa ontem e disse ter visto dois dos três assaltantes, que estavam encapuzados e "pouco falaram". Martinez levou lanches, leite e iogurtes para as crianças. "O estado de ânimo das mulheres é bom, bastante tranquilo para a situação", afirmou. Ontem à noite, a polícia manteria uma tática para não deixar os assaltantes dormirem, "até não suportarem mais a situação e se entregarem", afirmou o delegado Ricardo Noronha. A cada meia hora, policiais simulavam uma invasão da casa, acionando sirenes, estourando fogos de artifício e mantendo motores de carros de polícia acelerados. O secretário da Segurança Pública do Paraná, Cândido Martins de Oliveira, 54, confirmou que a casa não seria invadida. "Estamos aguardando um contato até a madrugada de amanhã (hoje). Caso ele não ocorra, vamos retomar as negociações", afirmou. * Colaboraram LUÍS CURRO e FÁBIO ZANINI, da Agência Folha. Texto Anterior: Leitora reclama de praça abandonada Próximo Texto: Grupo teria ex-fugitivos Índice |
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