São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 1995
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Blitz em francisco Morato acaba sem presos

DA REPORTAGEM LOCAL

O Comando de Policiamento de Choque da Polícia Militar fez ontem uma operação com 220 homens em Francisco Morato (Grande SP) para inibir a ação de matadores que seriam responsáveis por chacinas na cidade. Só neste ano, ocorreram duas chacinas em Francisco Morato e duas na cidade vizinha de Franco da Rocha. Nesse período, aconteceram 16 chacinas em toda Grande São Paulo.
Ninguém foi preso. A PM revistou 1.707 pessoas, 97 carros, seis motocicletas e 46 bares. Participaram da operação o Comando de Operações Especiais, o Grupo de Ação Táticas Especiais, o Regimento de Cavalaria 9 de Julho, o Canil e a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).
Todas essas tropas fazem parte da elite da PM. Foram usados 35 carros para fazer os bloqueios na cidade e revistas em bares e pessoas e veículos. Os policiais estavam armados com metralhadoras, fuzis e revólveres. Ficaram espalhados em um raio de 5 km em torno da estação de trem de Francisco Morato.
Segundo o major Clóvis Santinon, 40, subcomandante do 3º Batalhão de Choque, a operação tem por objetivo "inibir as execuções, atuando de forma preventiva".
A operação começou às 16h30 e terminou às 20h. Operação semelhante deve acontecer amanhã em local a ser definido. O planejamento dessa ação começou na semana passada, após o secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, pedir para a PM reforçar o patrulhamento de áreas onde as chacinas ocorrem.
O serviço reservado do Comando de Policiamento de Choque (grupo de policiais que trabalham sem farda e fazem levantamento de informação para a PM) foi para Francisco Morato para descobrir os pontos de tráfico de drogas e esconderijos de matadores.

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