São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 1995
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IPC-r vai a 1,92% e acumula 29,5%

DA REDAÇÃO

Trabalhadores com data-base em maio terão reajuste de no mínimo 29,55%. Esta é a taxa do IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor em real) acumulada desde julho de 94. O IPC-r de abril ficou em 1,92%, anunciou ontem o IBGE.
A lei 8.880/94 determina que na primeira data-base após o real os salários sejam reajustados pelo IPC-r, além de receberem a reposição de eventuais perdas em URV de março a junho de 94 e nos 12 meses anteriores à data-base.
A lei não prevê reajuste obrigatório na data-base seguinte, mas o governo estuda propor alguma forma de correção anual a partir de julho.
Na realidade, o IPC-r de 29,55% será aplicado a faixas salariais mais altas. Isto porque o salário mínimo deverá ser corrigido em 42,86% -passará de R$ 70,00 para R$ 100,00-, percentual que será estendido aos aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Aluguel ainda pesa
Segundo o IBGE, a maior variação entre os itens que compõem o IPC-r foi registrada em "habitação", com 4,27%. Só aluguel, integrante deste item, subiu 6,60%.
A menor variação foi apresentada por transporte e comunicação, com 0,25%, já que as tarifas e preços públicos estão congelados desde o real.
O grupo alimentação e bebidas, que tem o maior peso no IPC-r, variou 1,49%, contra 0,67% em março. Sofreu pressão de frutas, leite pasteurizado, queijo e alimentação fora do domicílio.
Despesas pessoais subiram 3,16% (pressão do preço dos cigarros), vestuário 1,08% (entrada da moda inverno), artigos de residência 1,69%, e saúde/cuidados pessoais, 1,89%.
O maior IPC-r foi registrado em Recife (2,62%) e o menor, no Rio de Janeiro e Distrito Federal (1,39%). A pesquisa é feita em 11 regiões do país.
O IPC-r reflete a evolução do custo de vida de famílias com renda entre um e oito salários mínimos (até R$ 560 este mês). É a mesma faixa do INPC, outro índice medido pelo IBGE.

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